Você já se sentiu inchado depois de comer? Você tem dificuldade para fechar o botão da calça ou da saia? Você se sente desconfortável e pesado, como se tivesse um balão no abdômen?
Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, você não está sozinho. Muitas pessoas sofrem com o inchaço abdominal, que é uma sensação de distensão ou plenitude na região do estômago.
O inchaço pode ser causado por vários fatores, desde hábitos alimentares até problemas de saúde. Neste artigo, vamos explicar as principais causas do inchaço e como você pode combatê-lo com um remédio natural e eficaz.
O que causa o inchaço abdominal?
O inchaço abdominal pode ter diversas origens, mas geralmente está relacionado a algum tipo de alteração na digestão ou na flora intestinal. Algumas das condições que podem provocar o inchaço são:
Hora das refeições irregular: Se você não tem um horário fixo para comer, ou se você pula refeições ou come muito rápido, você pode prejudicar o funcionamento do seu sistema digestivo.
Isso pode causar uma má absorção dos nutrientes, uma produção excessiva de gases e uma sensação de estufamento. O ideal é que você faça de quatro a seis refeições por dia, em intervalos regulares, e que mastigue bem os alimentos, sem pressa.
Candidíase intestinal: A candidíase é uma infecção causada por um fungo chamado Candida albicans, que normalmente vive no nosso organismo sem causar problemas. Porém, quando há um desequilíbrio na flora intestinal, esse fungo pode se proliferar e causar sintomas como coceira, corrimento, dor e inchaço.
A candidíase intestinal pode ser causada por fatores como uso de antibióticos, estresse, diabetes, imunidade baixa, alimentação rica em açúcar e carboidratos refinados, entre outros.
Para tratar a candidíase intestinal, é preciso seguir uma dieta anti-fúngica, que exclui os alimentos que favorecem o crescimento do fungo, e usar medicamentos antifúngicos, sob orientação médica.
Sensibilidade ao glúten ou doença celíaca: O glúten é uma proteína presente em cereais como trigo, centeio, cevada e aveia. Algumas pessoas têm dificuldade para digerir o glúten, o que pode causar inflamação, diarreia, gases e inchaço.
A sensibilidade ao glúten é uma condição que pode ser controlada com uma dieta sem glúten, que exclui os alimentos que contêm essa proteína. Já a doença celíaca é uma doença autoimune, em que o organismo reage ao glúten como se fosse um agente invasor, causando danos ao intestino delgado.
A doença celíaca requer um diagnóstico médico e um tratamento rigoroso, que inclui uma dieta sem glúten por toda a vida.
Resistência à insulina: A insulina é um hormônio que regula o nível de açúcar no sangue. Quando as células do corpo não respondem bem à insulina, ocorre a resistência à insulina, que é um fator de risco para o desenvolvimento de diabetes tipo 2.
A resistência à insulina pode causar sintomas como fome excessiva, sede, cansaço, ganho de peso e inchaço. A resistência à insulina pode ser revertida com mudanças no estilo de vida, como uma alimentação saudável, rica em fibras e pobre em açúcar e gordura, e a prática de exercícios físicos regulares.
Má combinação de alimentos: Algumas combinações de alimentos podem dificultar a digestão e causar fermentação, gases e inchaço. Por exemplo, comer frutas junto com alimentos pesados, como carne ou queijo, pode atrasar o esvaziamento gástrico e provocar desconforto.
Outro exemplo é misturar alimentos ricos em amido, como batata ou arroz, com alimentos ricos em proteína, como carne ou ovos, que exigem diferentes tipos de enzimas para serem digeridos.
O ideal é que você evite combinar alimentos que não sejam compatíveis entre si, e que dê preferência a refeições simples e leves, com poucos ingredientes.
Intolerância a certos tipos de alimentos: A intolerância alimentar é uma reação adversa do organismo a algum componente de um alimento, que pode ser uma proteína, um açúcar, um corante, um conservante, etc.
A intolerância alimentar pode causar sintomas como náusea, vômito, diarreia, dor de cabeça, coceira, urticária e inchaço. A intolerância alimentar mais comum é a intolerância à lactose, que é a incapacidade de digerir o açúcar do leite.
Outras intolerâncias comuns são a intolerância à frutose, ao sorbitol, ao glutamato monossódico, entre outras. Para tratar a intolerância alimentar, é preciso identificar o alimento causador da reação e evitá-lo ou consumi-lo em pequenas quantidades, dependendo da gravidade dos sintomas.
Falta de enzimas digestivas: As enzimas digestivas são substâncias que facilitam a quebra dos alimentos em moléculas menores, que podem ser absorvidas pelo organismo. As enzimas digestivas são produzidas pelo estômago, pelo pâncreas e pelo intestino delgado.
Quando há uma deficiência na produção ou na ação das enzimas digestivas, ocorre uma má digestão, que pode causar sintomas como azia, refluxo, gases, cólicas e inchaço. A falta de enzimas digestivas pode ser causada por fatores como idade avançada, doenças pancreáticas, doenças intestinais, uso de medicamentos, entre outros.
Para tratar a falta de enzimas digestivas, é preciso consultar um médico, que pode indicar o uso de suplementos enzimáticos, e seguir uma dieta adequada, que evite alimentos de difícil digestão, como gordura, fritura, condimentos, etc.
Disbiose intestinal: A disbiose intestinal é um desequilíbrio na flora intestinal, que é o conjunto de micro-organismos que habitam o intestino e que desempenham funções importantes para a saúde, como a digestão, a absorção, a imunidade, a produção de vitaminas, etc.
A disbiose intestinal pode ser causada por fatores como uso de antibióticos, estresse, alimentação inadequada, infecções, entre outros. A disbiose intestinal pode causar sintomas como diarreia, constipação, gases, inchaço, dor abdominal, alergias, inflamações, entre outros.
Para tratar a disbiose intestinal, é preciso restaurar o equilíbrio da flora intestinal, com o uso de probióticos, que são micro-organismos benéficos, e prebióticos, que são alimentos que estimulam o crescimento dos probióticos.
Alguns exemplos de probióticos são o iogurte, o kefir, o chucrute, o kimchi, etc. Alguns exemplos de prebióticos são a banana, a aveia, a alcachofra, a chicória, etc.
Como combater o inchaço abdominal com um remédio natural?
Além de tratar as possíveis causas do inchaço abdominal, você também pode aliviar os sintomas com um remédio natural e eficaz, que é o suco de limão com bicarbonato de sódio.
O suco de limão com bicarbonato de sódio é uma bebida alcalinizante, que ajuda a neutralizar a acidez do estômago e a eliminar os gases. O limão é uma fruta rica em vitamina C, antioxidantes, flavonoides e ácido cítrico, que estimulam a produção de saliva e de suco gástrico, facilitando a digestão.
O bicarbonato de sódio é um sal que reage com o ácido do limão, formando bolhas de dióxido de carbono, que ajudam a expulsar os gases e a reduzir o inchaço.
Para preparar o suco de limão com bicarbonato de sódio, você vai precisar de:
- Um copo de vidro
- Um limão grande ou dois médios
- Uma colher (chá) de bicarbonato de sódio
- Água
O modo de preparo é muito simples:
- Em um copo de vidro, esprema o limão
- Adicione aos poucos o bicarbonato de sódio, mexendo bem
- Complete com água até chegar à metade do copo
- Beba imediatamente, de preferência em jejum
Você pode tomar o suco de limão com bicarbonato de sódio sempre que se sentir inchado, mas não exagere na dose, pois o excesso pode causar efeitos colaterais, como alcalose, hipocalemia, hipertensão, entre outros.
Consulte um médico antes de usar este remédio se você tiver algum problema de saúde, como gastrite, úlcera, pressão alta, diabetes, etc.
Outras dicas para evitar e combater o inchaço abdominal
Além de usar o suco de limão com bicarbonato de sódio, você também pode seguir outras dicas para prevenir e tratar o inchaço abdominal, como:
- Evite alimentos que causam gases, como feijão, repolho, couve-flor, brócolis, cebola, alho, leite, queijo, etc.
- Evite alimentos que causam inflamação, como açúcar, farinha branca, gordura trans, frituras, embutidos, etc.
- Prefira alimentos que favorecem a digestão, como gengibre, hortelã, erva-doce, abacaxi, mamão, etc.
- Consuma alimentos ricos em fibras, como frutas, verduras, cereais integrais, leguminosas, etc., mas sempre com moderação e com bastante água, para evitar a prisão de ventre.
- Beba bastante água, pelo menos dois litros por dia, para hidratar o corpo e eliminar as toxinas.
- Pratique exercícios físicos regularmente, pelo menos 30 minutos por dia, para melhorar o metabolismo, a circulação e a eliminação de líquidos.
- Faça massagens abdominais, com movimentos circulares e no sentido horário, para estimular o trânsito intestinal e a liberação de gases.
- Use roupas confortáveis, que não apertem a barriga, para não prejudicar a respiração e a digestão.
- Respire profundamente, com o diafragma, para relaxar o corpo e a mente, e reduzir o estresse, que é um dos fatores que contribuem para o inchaço.
Com essas dicas, você pode se livrar do inchaço abdominal e se sentir mais leve e saudável. Lembre-se que o inchaço pode ser um sinal de algum problema de saúde mais sério, por isso, se os sintomas persistirem ou se agravarem, procure um médico para uma avaliação adequada.
Entenda o que seu corpo quer te dizer quando você sente dormência nas mãos