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Revoltante: Vídeo mostra manobrista sendo humilhado por empresário em bar ‘O que você ganha em um mês, eu gasto em um dia’

Em Campinas (SP), um empresário foi filmado humilhando e ameaçando o manobrista de um bar No vídeo, o homem diz que tem uma arma no carro e que vai atirar no rapaz, e fala que o que o funcionário “ganha de salário ele gasta em um dia”.

Em Campinas (SP), um empresário foi filmado humilhando e ameaçando o manobrista de um bar No vídeo, o homem diz que tem uma arma no carro e que vai atirar no rapaz, e fala que o que o funcionário “ganha de salário ele gasta em um dia”. O caso ocorreu no último sábado (28), mas a EPTV e o G1 tiveram acesso às imagens nesta quinta-feira (3). A ocorrência foi registrada na Polícia Civil como injúria e ameaça.

De acordo com o boletim de ocorrência, o empresário Tiago Zoain Gonçalves, de 40 anos, teria estacionado o veículo na calçada do bar, sendo informado em seguida que não poderia parar ali. A vítima, Jailton do Nascimento, de 30 anos, conta que se ofereceu para levar o carro ao lugar correto, e aí tiveram início as ofensas e ameaças.

O vídeo foi gravado por um dos clientes do bar, nele, Gonçalves aponta constantemente em direção a Jailton e faz o sinal de arma com a mão algumas vezes, enquanto a vítima permanece sentada.

“Dá a chave do carro aqui, vou pegar meu cano [arma] lá. Vou dar um tiro na cabeça desse merda aqui. Seu merda. Vai ver o tamanho do buraco que sai atrás da sua cabeça, seu bosta. Seu bosta do car*. Tira uma comigo, seu bosta do car* pra você ver […] Você é um merda. O que você ganha em um mês, eu gasto em um dia. Seu bosta”.

Há um ano trabalhando como manobrista naquele local, Jailton conta que nunca teve problemas ou foi ofendido por clientes antes, e disse que ficou com medo das ameaças.

“Na hora eu fiquei [com medo]. O cara chega e fala que vai dar um tiro na cara, que tá com a arma no carro e o carro próximo dele. A gente não vai duvidar se tem arma ou não tem”, disse.

Imediatamente, a Polícia Militar foi acionada e não encontrou arma no veículo, mas orientou o manobrista a registrar o boletim de ocorrência.
Ao comentar o momento de fúria e as humilhações sofridas, o manobrista relatou o sentimento de impotência que sentiu na ocasião.

“Ser ofendido daquele jeito, ser ameaçado, e não poder fazer nada, estar de mãos atadas. Simplesmente minha reação foi de abaixar a cabeça e ficar ouvindo tudo aquilo. Sentimento de impotência de não poder fazer nada naquela hora. Não desejo que ninguém passe por isso”, contou.
Depois das ameaças e ofensas, Gonçalves teria deixado o local levado pelo pai. O advogado que representa o manobrista prepara uma representação para processar o empresário.

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