A chia é uma semente originária do México e da Guatemala, que se tornou popular nos últimos anos por seus benefícios nutricionais. Ela é rica em fibras, proteínas, ômega-3, cálcio, magnésio, ferro e antioxidantes.
Além disso, ela tem um sabor neutro e pode ser adicionada a diversos pratos, como saladas, iogurtes, smoothies, bolos e pães.
Mas será que a chia é realmente tão boa quanto dizem? Quais são as evidências científicas que apoiam o seu consumo? Quais são as precauções que devemos ter ao ingerir essa semente? Neste artigo, vamos responder a essas e outras perguntas sobre a famosa chia.
Benefícios da chia
A chia é considerada um alimento funcional, ou seja, que além de fornecer nutrientes, pode trazer benefícios para a saúde. Alguns dos benefícios atribuídos à chia são:
Melhora do trânsito intestinal: A chia é rica em fibras solúveis e insolúveis, que ajudam a regular o funcionamento do intestino, prevenindo a constipação e o câncer de cólon. Além disso, as fibras da chia formam um gel quando entram em contato com a água, o que aumenta a sensação de saciedade e reduz o apetite.
Controle do colesterol e da glicemia: A chia contém ácidos graxos ômega-3, que são benéficos para a saúde cardiovascular, pois reduzem os níveis de colesterol ruim (LDL) e triglicerídeos, e aumentam o colesterol bom (HDL). O ômega-3 também tem propriedades anti-inflamatórias, que podem prevenir ou atenuar doenças como a artrite, a asma e a depressão.
Além disso, a chia tem um baixo índice glicêmico, ou seja, não eleva rapidamente a glicose no sangue, o que é importante para prevenir ou controlar o diabetes.
Fortalecimento dos ossos e dos músculos: A chia é uma fonte vegetal de cálcio, que é essencial para a formação e a manutenção dos ossos e dos dentes. Ela também contém magnésio, que ajuda na absorção do cálcio e na contração muscular. A chia ainda fornece proteínas de boa qualidade, que são fundamentais para a construção e a reparação dos tecidos, especialmente dos músculos.
Prevenção do envelhecimento precoce: A chia possui antioxidantes, como os flavonoides e os fenóis, que combatem os radicais livres, que são moléculas instáveis que causam danos às células e aos tecidos, acelerando o envelhecimento e favorecendo o surgimento de doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson. Os antioxidantes da chia também protegem a pele, o cabelo e as unhas, mantendo-os saudáveis e bonitos.
Evidências científicas sobre a chia
Apesar de todos esses benefícios, é preciso ter cautela ao afirmar que a chia é um alimento milagroso, pois as evidências científicas sobre o seu consumo ainda são limitadas e contraditórias.
A maioria dos estudos realizados até o momento envolveu animais ou pequenos grupos de humanos, com diferentes doses, durações e métodos de avaliação. Além disso, muitos desses estudos foram patrocinados por empresas que comercializam a chia, o que pode gerar um viés nos resultados.
Portanto, ainda não há consenso sobre a eficácia e a segurança da chia para a prevenção ou o tratamento de diversas condições de saúde, como a obesidade, o colesterol alto, a hipertensão, o diabetes, a inflamação e o câncer.
Mais pesquisas são necessárias para confirmar ou refutar os benefícios da chia, bem como para estabelecer as doses adequadas, os possíveis efeitos colaterais e as interações com outros alimentos ou medicamentos.
Precauções ao consumir a chia
Quando ingeridas sem medidas adequadas, podem representar uma ameaça concreta para a saúde. Elas têm a capacidade de expandir-se rapidamente quando em contato com líquidos, formando uma cápsula de hidrogel que pode causar obstrução.
Recomenda-se precaução, especialmente para pessoas com problemas de deglutição ou restrições alimentares. Apesar de sua popularidade crescente nos últimos anos, é fundamental consumir chia de forma consciente e segura.
Um estudo recente alertou para os riscos potenciais, mas isso não significa que devemos abandonar seu consumo completamente. É importante escolher produtos de qualidade e consumir com moderação.
Apesar de ser considerada um alimento seguro, a chia pode causar alguns desconfortos ou complicações em algumas pessoas, especialmente se consumida em excesso ou de forma inadequada. Algumas das precauções que devemos ter ao ingerir a chia são:
Hidratar as sementes: O ideal é que sementes como a chia, seja hidratada antes do consumo, tanto em água como no iogurte ou leite de vaca ou até bebida vegetal. deixando-a de molho nesses líquidos por pelo menos 15 minutos, até formar um gel. Evite consumir essas sementes inteiras.
Mastigar bem as sementes: Se a chia for consumida inteira e seca, é preciso mastigá-la bem, para facilitar a digestão e a absorção dos nutrientes. Caso contrário, a chia pode passar intacta pelo intestino, sem trazer benefícios ou causando irritação.
Respeitar a dose diária recomendada: Não há uma dose oficial de chia, mas a maioria dos especialistas recomenda não ultrapassar duas colheres de sopa por dia, o que equivale a cerca de 25 gramas ou 10% da ingestão diária recomendada de fibras. Consumir mais do que isso pode causar efeitos adversos, como diarreia, gases, cólicas, náuseas, vômitos, alergias e alterações na coagulação sanguínea.
Consultar um médico antes de consumir a chia: Pessoas que têm alergia a sementes, que sofrem de doenças gastrointestinais, que tomam medicamentos anticoagulantes, anti-hipertensivos, hipoglicemiantes ou imunossupressores, que estão grávidas ou amamentando, ou que têm alguma condição de saúde específica, devem consultar um médico antes de consumir a chia, para evitar possíveis interações ou complicações.
Conclusão
A chia é um alimento que pode trazer benefícios para a saúde, mas que também requer cuidados ao ser consumida. Ela não é uma solução mágica para emagrecer ou curar doenças, mas sim um complemento para uma alimentação equilibrada e variada.
Por isso, é importante consumi-la com moderação, hidratação, mastigação e orientação médica. Assim, você poderá aproveitar os benefícios da chia sem colocar a sua saúde em risco.
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