As mulheres têm mais dificuldade para emagrecer do que os homens. Isso acontece por razões fisiológicas, genéticas e hormonais. Uma das causas é o fato de as mulheres terem predomínio de massa gordurosa em relação à massa magra (músculos).
Isso faz com que o seu metabolismo basal seja mais lento, pois os músculos consomem mais energia para o metabolismo.
Por isso, as mulheres com pre disposição à obesidade sentem mais dificuldades. É preciso estar atenta, pois, a obesidade contribui para o envelhecimento prematuro e morte, aumentando o risco de desenvolver doenças fatais, como diabetes, doenças cardíacas e câncer.
Então, se você está acima do peso, está na hora de começar a mudar de vida
Por que essa dificuldade?
A culpa é dos hormônios e da genética.
“Essa situação é comum e causa muita frustração para as mulheres. A composição genética e hormonal fazem com que elas tenham uma massa muscular menor e mais gordura. Isso gera um metabolismo basal menor e, por isso, queimam menos calorias fazendo o processo de emagrecimento mais difícil, principalmente após os 40 anos, mas não impossível”, explica o Dr. Daniel Benitti, cirurgião vascular que atende em São Paulo e em Campinas.
Na gravidez
Quando uma mulher engravida, ela ganha peso e mais gordura corporal. Além disso, muitas vezes é difícil para uma mãe encontrar tempo para se exercitar e dormir. E, ela vai precisar dos dois para perder os quilos extras. No entanto, a amamentação ajuda a queimar calorias e perder peso nesta fase da vida.
Ovários policísticos
Entre 5 e 10% das mulheres têm síndrome dos ovários policísticos. Esta é uma condição caracterizada por um desequilíbrio hormonal que dificulta a perda de peso e provoca irregularidade menstrual.
Após os 40 anos
Após os 40 anos, as mulheres começam a ter uma queda hormonal que se acentua na menopausa. Isso desacelera o metabolismo e o estrogênio predominante passa a ser a estrona, que aumenta a gordura abdominal ou nas pernas e quadril quando a mulher apresenta lipedema.
Soluções!
Calma! Não está tudo perdido. Apesar desses desafios, existem muitas maneiras de combater o ganho de peso e ter sucesso no emagrecimento:
A construção de massa muscular ajuda mulheres e homens a aumentarem o metabolismo. Dessa forma, ter mais massa muscular ajuda a queimar calorias, mesmo quando você está parada ou dormindo.
Você pode manter e ganhar músculos fazendo treinamento de resistência pelo menos duas vezes por semana, por 20 a 30 minutos por sessão. Isso é especialmente importante à medida que você envelhece.
Existem várias maneiras de abordar o treinamento de resistência:
- Use aparelhos em uma academia ou em casa;
- Use pesos livres ou bandas de resistência;
- Participe de uma aula de fitness em grupo, como Pilates, por exemplo;
- Use seu corpo para resistência, fazendo flexões, agachamentos e abdominais.
Lipedema
“Para as mulheres que têm lipedema, a melhor atividade física é dentro da água, como acqua jogging e acqua cycling (algumas academias denominam como hidrocircuito). Elas conseguem queimar quase o dobro das calorias fazendo essas atividades”, complementa o Dr Daniel Benitti.
Atividades físicas e dieta
Além de aumentar a massa muscular, a atividade física previne a osteoporose e diminui a resistência à insulina, ajudando a prevenir o diabetes.
Uma dieta balanceada auxilia bastante no emagrecimento. Um exemplo comprovado que protege a saúde cardiovascular e não é muito restritivo é a dieta do mediterrâneo. Caso a mulher tenha lipedema, a melhor dieta para perda de peso é a cetogênica.
Tenha foco
É importante ser paciente. Estudos mostram que a maioria dos planos de perda de peso deve resultar em 5% a 10% de perda de peso dentro de um ano. Se você não estiver vendo resultados, um exame de bioimpedância pode ajudar a detectar a sua massa muscular e saber qual tipo de exercício será melhor para você.
É muito comum algumas mulheres ganharem peso, mas, na verdade, estão aumentando a massa muscular para depois queimar a gordura. Somente através da bioimpedância é possível confirmar se isso está ocorrendo.
Se você segue uma dieta pobre em gordura, em carboidratos ou algum outro tipo, certifique-se de que as refeições sejam balanceadas e nutritivas. Inclua proteínas magras, gorduras saudáveis, como nozes, azeite de oliva e abacate, carboidratos simples e limitados (sem açúcar, pão branco e bebidas açucaradas) e muitas vitaminas e minerais de vegetais e frutas.
Outras recomendações nutricionais para mulheres com mais de 50 anos incluem a manutenção de cálcio e vitamina D adequados, seja com alimentos ou suplementos.
Reposição hormonal
Ainda existem muitos tabus sobre a reposição hormonal. Por isso, procure um especialista. Comece com fitoterápicos e, se necessário, use hormônios, caso não tenha contra-indicação. Lembre-se que todo tratamento bem acompanhado diminui a chance de complicações. Fuja de pessoas que se identificam como especialistas em modulação hormonal.
Com uma abordagem lenta e constante para dieta e exercício, você pode incorporar as mudanças em longo prazo como parte de um estilo de vida mais saudável e será mais feliz!
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