Em uma cidade do Estados Unidos, Tracy Bottomley, de 72 anos, está noiva há cerca de um ano de Ernest Otto Smith, de 53, que cumpre prisão perpétua por dois homicídios cometidos em 2005. A mulher que é divorciada se diz apaixonada pelo condenado e, embora admita que “sim, ele é um serial killer, ele cometeu alguns assassinatos”, afirma que “entende os riscos” de se casar com o presidiário.
O pedido de casamento foi feito pelo assassino confesso em 2019, via mensagem de voz enviada da Penitenciária Estadual de Ohio, onde ele cumpre pena perpétua. O matrimônio deve ocorrer ainda em 2020.
O prisioneiroErnest é condenado por cometer dois homicídios em menos de uma semana. O primeiro foi o assassinato de um homem chamado James Dillingham, morto a tiros em Toledo, no estado de Ohio. Cinco dias depois, a vítima foi CathyBarnett, uma ex-namorada assassinada brutalmente por Ernest enquanto ele fugia da polícia no Kentucky. O homem diz que tinha medo de que a até então companheira o denunciasse à polícia. Ela foi morta por espancamento depois de ter o pescoço quebrado. A arma do crime foi um galho de árvore.
Smith foi condenado no ano de 2006 pelo primeiro crime, levando uma sentença inicial de 32 anos de prisão. Porém, 10 anos depois, ele confessou ter matado também a ex-namorada. E, em março de 2016, foi finalmente condenado à prisão perpétua. Apesar das brutalidades cometidas por Ernest, Tracy conta, de acordo com o site do jornal Daily Mirror, que não tem medo de se casar com ele. “Ernest não me assusta. Nunca fui uma pessoa que se assusta facilmente. Ele cometeu alguns assassinatos, mas eu entendo os riscos do que pode acontecer e ainda o amo”, afirma. Relacionamento atrás das grades O casal se conheceu depois que Tracy viu uma postagem sobre ele em uma página de um amigo de prisão, em 2018.
A mulher começou a trocar e-mails várias vezes por dia com o novo namorado. Inicialmente, a mulher admite que teve uma “leve intuição de que coisas [ruins] poderiam acontecer” com ela, mas que, com o passar do tempo, se aproximou e confiou em Smith. Até que, em maio de 2019, ele a pediu em casamento. Tracy hoje não tem mais receio do noivo e justifica que os crimes de Ernest foram “influenciados por uma infância conturbada, que o levou a usar drogas para combater a depressão e a ansiedade”, segundo o Jornal.