O câncer de estômago, quando identificado precocemente, tem altas chances de cura – chegando a quase 100% nos estágios iniciais. Porém, devido à sua natureza silenciosa, é essencial estar atento aos sinais e sintomas. A seguir, exploramos os principais sintomas, fatores de risco e estratégias de prevenção baseadas em informações científicas.
Sinais de Alerta para o Câncer de Estômago
Sensação de plenitude após comer pouco
Sentir-se cheio mesmo após ingerir pequenas porções pode ser um sinal. Esse sintoma não deve ser confundido com problemas passageiros, como viroses ou uso de medicamentos.
Fezes escuras e odor forte
A presença de sangue digerido nas fezes (melena) pode indicar um sangramento interno. Nesse caso, o exame mais indicado para investigação é a endoscopia digestiva alta, e não apenas testes de sangue oculto.
Cansaço, anemia e falta de ar
Anemia, decorrente de sangramentos ou inflamação causada pelo câncer, pode resultar em fadiga constante e baixa disposição. Um hemograma é importante para identificar alterações no sangue.
Queimação ou má digestão
Sensações de queimação podem ser causadas tanto pelo refluxo ácido quanto pelo câncer. É essencial investigar a origem desses sintomas.
Inchaço nos linfonodos
O aumento dos gânglios linfáticos, especialmente na região do pescoço, axilas ou clavícula, sem causa aparente, pode ser um sinal de alerta em fases mais avançadas.
Perda de peso inexplicável
Emagrecer mais de 10% do peso corporal sem motivo claro (como mudanças na dieta ou aumento de exercícios) é um sintoma comum em casos de câncer.
Dor na região superior do estômago
Essa dor pode ser confundida com problemas gástricos leves, mas precisa ser investigada caso persista.
Estufamento abdominal
O desconforto causado pela sensação de estufamento, associado a outros sintomas, pode atrasar o diagnóstico caso seja mascarado pelo uso indiscriminado de medicamentos, como omeprazol.
Fatores de Risco do Câncer de Estômago
Os fatores de risco dividem-se em modificáveis e não modificáveis:
Não modificáveis:
- Idade: A maioria dos casos ocorre em pessoas acima de 65 anos.
- Genética: Histórico familiar de câncer de estômago pode indicar maior predisposição genética.
- Tipo sanguíneo: Pessoas com sangue tipo A ou AB possuem risco levemente maior.
Modificáveis:
- Fumo e consumo excessivo de álcool
O tabagismo e o consumo frequente de álcool aumentam significativamente o risco. - Dieta rica em sódio e alimentos processados
Evitar alimentos salgados, industrializados e embutidos (ricos em nitratos e nitritos) é essencial. O consumo desses alimentos mais de três vezes por semana já representa risco elevado. - Sedentarismo e obesidade
O excesso de peso e a falta de exercícios podem contribuir para processos inflamatórios que aumentam o risco. - Infecção por Helicobacter pylori
Essa bactéria, presente em cerca de 50% da população mundial, está associada a inflamações e úlceras gástricas, além de elevar o risco de câncer. - Pólipos gástricos
Identificados por endoscopias, pólipos podem evoluir para tumores e precisam ser monitorados. - Dieta pobre em frutas e vegetais
Uma alimentação rica em fibras e vitamina C ajuda na prevenção.
Como Prevenir o Câncer de Estômago
- Mantenha uma dieta equilibrada com frutas, vegetais e alimentos ricos em fibras.
- Reduza o consumo de alimentos processados e ricos em sódio.
- Evite fumar e consumir álcool em excesso.
- Faça exames periódicos, como a endoscopia digestiva alta, especialmente se houver fatores de risco genéticos.
- Trate infecções por Helicobacter pylori assim que diagnosticadas.
Conclusão
O câncer de estômago é uma doença grave, mas prevenível e tratável quando identificado precocemente. Esteja atento aos sinais do corpo e procure um médico caso perceba alterações persistentes. Lembre-se: quanto antes o diagnóstico, maiores as chances de cura.